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A publicidade e a política

Muito se fala sobre a importância do marketing nas campanhas eleitorais e mandatos de políticos. Em tempos de eleições esse assunto sempre aparece com força nas redes sociais. É lógico que o marketing tem seu papel de destaque em eleições. É através dele que definimos quais as estratégias a serem adotadas e qual caminho seguir com um candidato. É através deles que medimos as métricas de alcance, engajamento e receptividade das ações. Você deve estar se perguntando: Pablo, cadê a publicidade nessa história toda? Calma que vou chegar lá. Primeiro precisamos deixar bem claro o que é marketing e o que é publicidade.

Duda Mendonça (direita), foi um dos grandes publicitários a se aventurarem no marketing político.

Em termos gerais, o marketing é o responsável pela estratégia. É ele quem vai identificar, por exemplo, qual faixa etária predominante do eleitorado de um candidato. É o marketing que que define quais segmentos precisam ser mais explorados e quais as expectativas da população. Todo esse levantamento é transformado em um briefing, que é um resumo de quais trabalhos serão necessários realizar para um determinado candidato.

Já a publicidade é a parte criativa dessa história. Com todas essas informações e dados levantados pelo marketing, o briefing é enviado para um agência de publicidade, que vai transformar essas informações em campanhas para a TV, internet, jornais ou qualquer outro meio.

João Santana é outro publicitário que se especializou em marketing político.

São os criativos da publicidade que irão criar os conceitos, os slogans (frases de efeito), as marcas, definir qual tipo de linguagem que o candidato irá adotar, qual roupa usar e por aí vai.

Como publicitário, tenho percebido uma crescimento de profissionais de marketing que estão migrando para área política, mas não vejo tantos publicitário engajados em campanhas. Isso está se refletindo na qualidade do trabalho apresentados pelos pré-candidatos até o momento. A criatividade, que sempre foi o ponto forte da publicidade brasileira está em baixa. Vejo que o foco não está mais nas grande ideias, mas sim em números, estratégias e estatísticas, o que a publicidade política fria, sem graça e sem alegria.

Nosso povo é alegre por natureza. O brasileiro tem em sua alma o otimismo. E isso sempre se refletiu em nossa publicidade, super vitoriosa em diversos concursos mundo afora. Mas na política, que também sempre tivemos ótimas ideias, estamos cada vez mais produzindo campanhas que não tocam mais nossos corações.

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